“Ela nunca sabe o nome dos filmes. Sempre sou convidado a assistir um filme que ela supostamente deveria estar assistindo, mesmo não sabendo qual filme é. Ah, eu não poderia esquecer de dizer; ela costuma me escrever, costuma dizer que me ama e eu não posso negar que com poucas palavras eu me sinto distante do mundo, não importa o que ela diga, eu gosto do que ela diz. As vezes ela não diz muita coisa, as vezes ela não diz nada, mas não importa, eu gosto de sentir a sua presença. Seus olhos me dão o sinal que eu preciso e que eu desejo. Prestando atenção eu gosto perceber, fazendo um pouco de silêncio eu sinto a sua respiração, eu gosto de notar esses detalhes, e confesso que é impossível não olhar para o céu e agradecer por sua existência. Eu também posso colocar nessa pequena descrição que eu preciso me esforçar as vezes para entender o que ela diz, em alguns momentos a conversa não tem sentido, é como se ela colocasse palavras no ar sem uma direção exata, mas eu gosto, eu gosto de pensar no que ela diz, eu gosto de tentar e conseguir compreendê-la. Eu gostaria de dizer que eu te levo no pensamento em todos os momentos, meu bem. Está chovendo lá fora, faz frio, eu sei que não estou conseguindo escrever hoje, veja, minhas mãos estão tremendo. Acho que eu preciso de um chocolate quente, mas antes eu preciso realizar um desejo. Ela me pediu para ir assistir um filme, e como sempre, ela não sabe qual é o nome do filme, deve ser de terror, pra falar a verdade não importa qual filme é, eu só sei que eu preciso ir, eu quero ir. Ela não sabe o nome do filme assim como não sabe algumas outras coisas."

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